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Adoçantes o que há de novo?

Adoçantes o que há de novo?

No mercado atual existem os seguintes adoçantes : frutose, estevia, sorbitol, manitol, xilitol, maltitol, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, acessulfame – K, além dos três últimos adoçantes aprovados: a taumatina, o eritritol e o neotame.

Pesquisas recentes demostraram que alguns adoçantes não calóricos artificiais induziram a intolerância á glicose e outros demonstraram associações entre seu consumo e o ganho de peso, aumentando o risco para diabetes tipo 2. A maioria dos adoçantes não calóricos artificiais passa através do trato gastrointestinal humano sem serem digeridos pelo hospedeiro e, assim, encontram diretamente a microbiota intestinal, que desempenha um papel central na regulação da composição fisiológica de múltiplos processos.

A função e a composição da microbiota são modulados pela dieta tanto no estado saudável, como na obesidade e diabetes mellitus, e alterações da microbiota têm sido associadas com uma propensão a síndrome metabólica. Quando há Disbiose, ou seja, desequilíbrio entre as bactérias boas e maléficas, pode ocorrer ganho de peso e, com isso, ocorrem as desordens metabólicas e as doenças associadas.

Diante de tanta polêmica, resolvi fazer uma lista dos adoçantes naturais que podem ser usados de acordo com estudos encontrados até o momento. Lembrando sempre que cada um tem uma resposta individualizada de acordo com sua microbiota intestinal. Ou seja, devemos trata-la antes de tudo!

- Estévia: Extraído das folhas da Stevia rebaudiana Bertoni, originária da América Latina, é um adoçante natural não calórico e já era utilizado pelos índios guaranis. Em 1900, Ovídio Rebaudi, um químico paraguaio estudou suas características, isolando um princípio amargo (com características de digestivo) e um princípio extremamente doce. Na década de 70, a estévia foi levada para o Japão, onde foi estudada sob aspectos químicos, toxicológicos e de desenvolvimento de processos de extração. O perfil de sabor é semelhante ao da sacarose, porém mais persistente e residual de mentol. Adoça de 100 a 300 vezes mais que a sacarose. Sua IDA (ingestão diária aceitável) é de 4 mg/Kg peso/dia. Cuidado: alguns adoçantes comerciais contém stevia associada a outros adoçantes.

- Açúcar demerara: açúcar da cana, pouco processado, não altera o sabor dos alimentos e não apresenta aditivos químicos. A diferença para o açúcar mascavo é que ele não possui riscos de contaminação e não é tão refinado quanto o açúcar branco, sendo rico em nutrientes como cálcio, magnésio, ferro, fósforo e potássio. Mas como o açúcar branco, ele também é calórico. Diabéticos: consumir apenas com orientação.

- Açúcar de coco: produzido a partir do líquido das flores da palma de coco, sem agrotóxicos ou aditivos químicos. Seu sabor é doce, semelhante ao açúcar mascavo, com um leve toque de caramelo. Possui baixo índice glicêmico, ou seja, não vira glicose no sangue tão rapidamente, não provocando picos de insulina. Consequentemente, não induz o depósito de gorduras no tecido adiposo. Fonte de vitaminas e minerais: vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B6), ferro, zinco, potássio, magnésio, ferro, magnésio e zinco. Diabéticos: consumir apenas com orientação.

- Taumatina: extraída de uma planta (Thaumatococcus danielli), é uma mistura de proteínas de sabor doce, cerca de 1.300 a 1.500 vezes mais doce que a sacarose. Seu sabor é melhor que o da stevia, pois não deixa aquele sabor residual amargo. Existe no mercado um adoçante que vem associado com a Stevia. Absorvida e metabolizada pelo corpo humano assim como uma proteína normal, quebrando sua sequência de 207 aminoácidos, seu uso é considerado seguro para consumo humano.

- Xilitol: adoçante natural de volume saboroso, tem baixo valor calórico e não prejudica os dentes. Tem sido usado como agente adoçante na alimentação humana desde a década de 1960. Ganhou aceitação generalizada como adoçante alternativo devido ao seu papel na redução do desenvolvimento de cáries. O xilitol ocorre naturalmente em muitas frutas e legumes e também é produzido pelo corpo humano durante o metabolismo normal. O Xilitol é metabolizado independentemente da insulina, podendo ser usado por diabéticos.

Os adoçantes naturais podem auxiliar na manutenção do peso e serem usados em diversas preparações doces. Desta forma, podemos substituir o consumo de doces ricos em açúcar refinado e gorduras saturadas por receitas mais saudáveis. Apesar disso, não devemos exagerar no seu consumo e atenção aos produtos industrializados consumidos! A utilização de adoçantes e alimentos diet deve ser feita com moderação, pois em excesso podem provocar compulsão alimentar e ganho de peso.

 

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