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Quercetina e efeitos ergogênicos

Quercetina e efeitos ergogênicos

A quercetina tem sido associada a muitos efeitos benéficos na saúde humana, como: antioxidante, anti-inflamatório, antialérgico,cardioprotetor, neuroprotetor, imunoestimulante, e mais recentemente, atividade ergogênica.

As possíveis ações ergogênicas estariam relacionadas com um aumento do VO2 máximo melhorando a capacidade aeróbica, maior resistência a fadiga, diminuição da dor, modulação da microbiota intestinal, aumento da biogênese mitocondrial entre outros. Estudos tem relatado uma correlação entre suplementação de quercetina e a melhora na capacidade de performance, no tempo para a fadiga e na biogênese mitocondrial. (NIEMAN, D.C. 2010), além do aumento da oxidação das gorduras durante o exercício) (DAVIS, M et al 2009, 2010). Outro mecanismo sugerido seria a sua habilidade de se ligar e agir como antagonista do receptor adenosina, podendo melhorar a performance física de uma maneira similar a cafeína.

Outros polifenóis também tem sido relacionados com a melhora da performance física como as catequinas, o resveratrol, o ácido cafeico, entre outros.

A quercetina é um flavonóide dietético que vem sendo muito estudado nos últimos anos. Devido a dificuldade de se ingerir quantidades suficientes com a dieta, para se obter os efeitos desejados, a suplementação tem sido utilizada sendo considerada segura para o consumo humano (HARWOOD, 2007). O primeiro estudo sobre exercício em humanos investigando a suplementação da quercetina foi publicado em 2006 (MacRae, 2006). Existem diversas evidências sugestivas do seu papel ergogênico aumentando a capacidade de endurance através de diversos mecanismos e efeitos como: o retardo da fadiga; aumento da expressão de marcadores da biogênese mitocondrial como PGC-1a, sirtuinas, DNA mitocondrial, citocromo C oxidase, citrato sintase, atuando como antagonista do receptor adenosina via CNS – inibindo os canais de sódio e consequentemente diminuindo a amplitude das correntes de voltagem dependentes do sódio nos neurônios piramidais CA1 do hipocampo (YAO, 2010), o que aumentaria a capacidade oxidativa e subsequentemente o VO2max e/ou a performance no exercício de endurance.

Diversos estudos vem sugerindo, além de inúmeros ações beneficas à saúde (cardioprotetor, anticarcinogênico, antioxidante, antiapoptótico, antiinflamatório, entre outros) (BOOTS, 2008; DAVIS, 2009; HAMALAINEN, 2007; SHARMA, 2007; McANULTY, 2008) um potencial efeito ergogênico da quercetina, ativando diversos compostos chaves na modulação da homeostase energética do organismo, implicados na obtenção de uma melhor  performance. Mas apesar disso, existe um outro conjunto de evidências com resultados controversos ou estatisticamente insignificantes. Portanto, para este fim ainda é cedo pensar em suplementação, mas podemos usar os diversos alimentos-fonte em nossa alimentaçao diaria, como: cebola, alface roxa,  couve, vagem, brócolis, repolho e tomate, maçã, suco de limão, chá preto, chá verde, ban cha, cha de camomila, pelos enormes benefícios da quercetina sob outros aspectos.

Por Vanessa Góes nutricionista

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