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Meditação da uva passa

Meditação da uva passa

Mindfulness e uma prática de origem budista que conta com mais de 2.500 anos, no entanto só passou a ser difundida no Ocidente há cerca de 30 anos para tratar problemas associados ao estresse e à dor crônica. Nosso cérebro não é multitarefa. Apenas podemos nos concentrar em uma coisa de cada vez e, se tentamos estar em vários lugares ao mesmo tempo, não conseguimos um resultado satisfatório como aqueles que com igual ou menor capacidade que a nossa conseguem, quando colocam o foco de toda sua atenção na atividade concreta que estão desenvolvendo. Mas a boa noticia e que como tantas outras capacidades do ser humano, a atenção também pode ser treinada. A uva passa é um dos exercícios mais utilizados nas oficinas de mindfulness em todo o mundo. Quer aprender a meditação da uva passa !

Pegue algumas uvas passa, castanhas ou frutas desidratadas pequenas. Primeiro, observa-se a passa com detalhe e é preciso se concentrar e se dar conta do amplo leque de cores e tonalidades, de como a luz incide em suas dobras, em sua textura rugosa. Suas formas irregulares aos nossos olhos. A ideia é captar tudo o que possa ser visto. Depois, é preciso fechar os olhos e tocar a uva passa. Fazer com que ela dance entre os dedos para sentir sua textura e o nosso tato, de como sua pele se mescla com a nossa. Depois sentimos o aroma dela. Ainda com os olhos fechados, colocamos a passa na boca. Não a mordemos, mas a acariciamos com os dentes primeiro, para depois notar que cai em nossa língua, acomodando-a. Agora a exploramos com a língua, da mesma maneira que fizemos com os dedos. Lentamente. Sem pressa. Desfrutando de tudo o que uma simples e insignificante uva passa possa nos oferecer. No final, agora sim, a mordemos. E somos conscientes de uma explosão magnífica produzida em nossos sentidos.

Percebemos seu sabor, como se funde e confunde com o nosso, com a saliva, com o gosto. Tratamos de encher toda a boca com essa mescla, chegando a todos os cantos. Apenas então engolimos a uva passa e notamos como cai pela garganta, como abandona a boca e se integra em nosso interior. Uma vez finalizado o exercício, esperaremos alguns segundos para abrir os olhos e comemorar que desfrutamos de uma uva passa, talvez pela primeira vez na vida, em vez de engoli-la. Exploramos todas as possibilidades que tinha para nos oferecer. Isso é o que ocorre com o presente: se o engolimos com  pressa e falta de atenção,  deixamos de receber tudo o que tem para oferecer!

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